Comentário Crítico





Ao Capítulo VI
Personal Learning Environment: um pretexto para (re)pensar a aprendizagem em plataformas digitais.
MARIA AUGUSTA NASCIMENTO
O Personal Learning Environment (Ambiente Pessoal de Aprendizagem) representa de certa forma um sistema de técnica e ajudas, que permite aos alunos um total controlo sobre os seus processos de estudo, gestão e objectivos, sendo, segundo a autora, um dos mais relevantes e promissores no domínio da aprendizagem digital. Enquadrando-se no contexto de desenvolvimento tecnológico, sobretudo com a Web 2.0, acabam por ter obrigatoriamente, um forte impacto no tirocínio da educação formal e informal.
Neste contexto, os PLE representam uma procura para operacionalizar nestas áreas os princípios do e-Learning 2.0, do poder e autonomia do utilizador, da colaboração e da partilha, na aprendizagem permanente e ao longo da vida.
Contudo, muita da discussão à volta dos PLE tem sido feita, quer pelos poucos progressos que tem tido, na transição dos ambientes fechados das instituições, para ambientes abertos e personalizados, quer em termos comparativos com os LMS (Learning Management Systems) ou os VLE (Virtual Learning Environments) que são usados essencialmente por instituições educativas no desenvolvimento do ensino.
Sendo os PLE uma ferramenta focada no conhecimento, como principais destinatários os aprendentes e tendo como primeira função satisfazer as suas necessidades educacionais, ainda não estão interligados e integrados nas estruturas sociais, nem como parte da rede pessoal, nem profissional de aprendizagem. Neste contexto, é meu entender hoje, fazer todo o sentido que os LMS (E-mails, fóruns, conferências, conversas, arquivos de textos, wikis, blogs) tenham uma popularidade superior, porque configurar, instalar e manter todo o software essencial a um PLE não é algo que esteja, para já, ao alcance do comum utilizador.
É fundamental, apostar na sua facilidade de uso e de acesso a serviços, aplicações e funcionalidades. No entanto, deve levar-se em linha de conta no seu desenvolvimento como uma aplicação, o PLE, deve ser de fácil configuração, para que desta forma, seja permitido o uso de aplicações e ferramentas pessoais, tornando por este meio, os indivíduos mais motivados e auto-organizados na sua aprendizagem ao longo da vida.
Neste enquadramento e perante o paradigma educativo vigente, a importância da gestão ao nível individual do processo de aprendizagem online remete para o domínio da aprendizagem autodirigida, self directed learning (SDL), capacitando e incentivando os sujeitos para a aprendizagem ao longo da vida, destacando-se nas suas dimensões psicológica, pedagógica e social.
Episódios recentes de desenvolvimento, com o intuito de articular a SDL e os ambientes de aprendizagem online, consciencializam para a importância deste tipo de aprendizagem, mas quanto a mim, não respeitam na totalidade os princípios orientadores, deste tipo de aprendizagem, que devem ser baseadas: na resolução de problemas; apresentar tarefas autênticas e realistas; dar ênfase à construção de conhecimento; combinar estratégias pedagógicas apropriadas; promover a aprendizagem activa; usar com eficácia ferramentas multimédia; oferecer um ambiente de aprendizagem com contexto adequado, dando ênfase à aprendizagem de grupo.

Joaquim Ribeiro
 

Bibliografia:
Monteiro, A.; Moreira, A. J. Almeida, A.C. (2012) Educação Online: pedagogia e
aprendizagem em plataformas digitais. Defacto: Santo Tirso - Portugal.

Sem comentários:

Enviar um comentário